Sexo, do prazer ao vício

Por que será que a gente adora sexo? Tudo bem que existem diferentes graus de prazer e de envolvimento, algumas pessoas gostam um pouco mais, outras um pouco menos do ato em si, mas é inegável que todos nós, vez que outra não pensamos em sexo. É incrível como dois corpos unidos, em sintonia, podem gerar tanto apelo, uma explosão de sensações...

O problema está no excesso, como em tudo na vida. Excesso de sal estraga a comida, excesso de zelo estraga a criação, excesso de amor sufoca, excesso de sexo é vício. Sim, vício! Com direito a tratamento e tudo.

Afinal, é verdade ou mentira? Sexo vicia mesmo?

De acordo com especialistas, sim, pode viciar. A maneira de verificar isso é se há alguma compulsão. Entretanto, como é possível saber se sou compulsivo(a) por sexo? Segundo a psicóloga Liliana Seger, especialista em sexualidade, é possível definir compulsão sexual através de alguns critérios, como os que seguem:

- Comportamentos sexuais exacerbados: causam sofrimento e prejuízos;

- Ritual de busca: gasta muito tempo em atividades para obter sexo, tem prejuízo nas atividades sociais, ocupacionais e recreativas, e continuam o comportamento mesmo tendo conseqüências adversas;

- Duração longa e intensidade crescente do comportamento: precisa cada vez mais para obter o mesmo nível de satisfação;

- Crises de abstinência sexual: caso a pessoa evite se envolver em práticas sexuais, passa a ter sintomas físicos e/ou psíquicos que se relacionam com esta abstinência.

Quando a pessoa apresenta ao menos três dessas características, já é caracterizada compulsão sexual, mas daí diagnosticar a pessoa como viciada em sexo, devem ser avaliados outros pontos como, por exemplo, o envolvimento exacerbado em busca de sexo e práticas sexuais diversas. Deve-se também observar se a busca por sexo prejudica a vida familiar e social da pessoa.

Gostar de sexo é muito natural! Eu gosto, tu gostas e, por mais que seja chocante, até teus pais gostam! Mas quando a busca por sexo se transforma em algo desmedido e, ao invés de provocar prazer, passa a prejudicar, é hora de ver se há algum problema. E problemas devem ser resolvidos, e não protelados!

Então como diz o ditado: faça amor, não faça guerra. Mas faça com moderação! Fica a dica...

Gabriela Boesel